Lava-Jato: Relator do processo
deu prazo de dois dias para que partes envolvidas apresentem seus últimos
argumentos
Por Da Redação
O TSE julgará se
Temer se beneficiou de irregularidades na campanha de 2014 (Ueslei
Marcelino/Reuters)
O processo
que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) entrou na reta final. O ministro-relator da ação, Herman Benjamin,
encerrou nesta terça-feira a chamada fase de instrução, em que são
coletadas as provas necessárias ao julgamento. Uma das últimas medidas do
magistrado nessa etapa foi a inclusão dos depoimentos de alguns dos principais
executivos da Odebrecht, entre eles o ex-presidente da companhia, Marcelo
Odebrecht.
No mesmo
despacho em que encerrou a fase de instrução do processo, Benjamin deu prazo de
dois dias para que as partes interessadas, incluindo o presidente Michel
Temer, apresentem as alegações finais. Concluída essa etapa, o ministro
apresentará seu relatório final e o caso será finalmente julgado pelos sete
ministros do TSE. A interlocutores, ele tem dito que pretende
levar o processo ao plenário do tribunal até abril.
O
processo, em que a chapa é investigada por abuso de poder político e econômico
na eleição presidencial de 2014, pode levar à destituição de Michel Temer. Em
sua defesa, o presidente argumenta que sua prestação de contas foi separada da
de Dilma Rousseff e que, por essa razão, ele não estaria sujeito a punição
por irregularidades cometidas pelo comando do comitê petista, como o uso de
dinheiro sujo do petrolão para bancar despesas ligadas à eleição.
A questão
é controversa – e dependerá do veredicto dos ministros do TSE. A tendência, de
acordo com fontes do tribunal, é que o voto de Herman Benjamin seja favorável à
cassação da chapa completa – no caso, a punição seria extensiva a Michel
Temer.
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